Apresentação do Livro "O Elo Perdido da Medicina"

“O Elo Perdido da Medicina – O afastamento da noção de vida e natureza". Almeida, Eduardo, Imago, 2007

O físico americano Richard Feynman (1918-1988), laureado com o Nobel em 1956 , disse em seu livro “Lectures On Physics”, 1963, o seguinte: ” Não faz qualquer diferença o quão inteligente você é, quem produziu tal pensamento, ou qual é o seu nome .... se isso {o que você produz} está em desacordo com os processos da vida real, está errado. Isso resume tudo”. Poderíamos acrescentar que a realidade precede o conhecimento.

Se transpuséssemos essa concepção para a medicina, poderíamos dizer que toda a produção de conhecimento que estiver em desacordo com os princípios da vida, com as dinâmicas que mantêm a vida, está errada. Como a vida do ser humano é um produto do universo e da natureza, poderíamos dizer que quando um conhecimento agride ou está em desacordo com os processos da natureza, certamente ele está errado.

Esse foi o fio condutor do que está apresentado nesse livro. Queremos mostrar o quanto a medicina atual esta afastada da idéia de natureza. Tornou-se uma apologista das vias antinaturais, quando sucumbiu à terapêutica com substâncias químicas estranhas ao organismo (quimioterapia). Tornou-se refém da Indústria Quimicofarmacêutica. Perdeu completamente o seu vínculo com a vida e a natureza, e só fala da sua construção maior – a doença.

Isso não quer dizer que a medicina oficial não tenha avançado, e proporcionado benefícios importantes aos usuários. A Física Newtoniana também produziu conhecimentos que permitiram e ainda permitem avanços e contribuições para humanidade, embora esteja completamente superada pela física quântica. Mas, quando se avança orientado por saberes reducionistas, precocemente se esbarra nos seus próprios limites. Esses limites devem ser identificados e a superação buscada.

O problema é que o saber e a prática estão organizados institucionalmente, como no caso da Ordem Médica. Aqui, passa a vigorar outra dinâmica e, assim, os limites, as insuficiências, as falhas, os erros, não são percebidos ou, se percebidos, perdem importância diante dos aspectos positivos. Mais do que isso, o processo de medicalização radical da vida moderna está estruturado quase como uma questão de fé. Ainda é incipiente o movimento social crítico de base cultural à medicina oficial. O aparelho de estado, através das suas agências, tende a impor o modelo único alopático, com restrição ativa às demais medicinas e modalidades terapêuticas. Desse modo, na prática, o cidadão perde a sua liberdade de escolha terapêutica.

É preciso chamar a atenção da sociedade de que a liberdade de escolha terapêutica é uma questão da democracia, que evolui para além dos direitos políticos. Para viabilizar a liberdade terapêutica é necessário que haja produção de conhecimento e oferta de serviços no campo das medicinas não oficiais. Não adianta haver liberdade e o cidadão não conseguir exercitá-la. Nas democracias mais avançadas já existe essa consciência e os setores interessados fazem alianças sociais (usuários e profissionais) no sentido de viabilizar o seu direito de escolha terapêutica.

Não reivindicamos qualquer monopólio de verdade, pelo contrário, pretendemos quebrar o monopólio da doutrina oficial médica, e mostrar para o leitor que qualquer conhecimento é parcial. Que qualquer conhecimento é uma construção da cultura e tem a sua filiação em termos de paradigma, concepções, ideologia. Não existe uma só medicina, mas várias medicinas e sistemas médicos, por que temos várias culturas e uma pluralidade incrível de pensamento na evolução da humanidade. Não temos também qualquer pretensão em desmontar ou demolir o grande edifício da medicina ocidental contemporânea, que se expandiu para todo o planeta. Queremos simplesmente mostrar o elo essencial perdido da arte da medicina, os limites dessa doutrina e indicar possíveis caminhos já disponíveis para superação.

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