Prevenção

O aforisma popular de que é melhor prevenir do que remediar, é uma verdade inconteste e presente em todas as medicinas. No entanto, ao sairmos da generalidade do dito popular, e examinarmos o que significa prevenir, ou melhor ainda, qual a estratégia de prevenção, veremos profundas diferenças entre as várias doutrinas médicas.

A medicina oficial construiu o modelo do check up que, de um modo sintético, é a busca na profundidade do organismo de uma lesão, no seu inicio. Para tal, utiliza intensivamente os métodos de imagens (RX, ultrassonografias, tomografias, ressonância magnética, etc.) para surpreender as neoplasias, e os métodos gráficos na análise cardiológica.

Está implícito nessa abordagem, que a detecção precoce da lesão, representaria grandes possibilidades de cura. Isso é na verdade uma crença médica que nunca foi provada no caso do câncer. Hoje, depois de quase 20 anos de incorporação intensiva de tecnologia na medicina, que mudou completamente a natureza da prática médica, já podemos fazer uma balanço desse processo, e ele não é nada animador.

Os chamados screenings, são exames de massa destinados à detecção precoce de determinadas doenças, têm mudado muito pouco a taxa de mortalidade, e trazido consigo um novo fenômeno na medicina - a "overdiagnosis". Isso tem produzido grande parcela de pessoas molestadas, lesadas, traumatizadas, desnecessariamente.

Vejamos apenas um exemplo, o caso da mamografia para detecção precoce do tumor de mama. Para cada 1 mil mulheres acompanhadas por mamografia anualmente, durante 10 anos, se consegue beneficiar apenas uma mulher (evitar a morte por tumor de mama). Entre 2 a 10 mulheres terão diagnóstico falso positivo, e serão tratadas desnecessariamente; entre 5 a 15 mulheres receberão o diagnóstico de câncer de mama mais precoce, se o mesmo fosse detectado pelo exame clínico ou auto-exame da mama, mas isso não terá efeito no prognóstico (mortalidade); entre 250 a 500 mulheres terão pelo menos um alarme falso, e metade farão punções biópsias. Ou seja, quase metade das mulheres sofrerão grande stress para que apenas uma seja beneficiada. Esse quadro nos parece insustentável, e as mulheres devem ter o direito a tais informações, antes de decidirem se submeter esse processo de screening.

O discurso oficial torna quase compulsório o exame da mamografia, e as mulheres em falta com esse exame costumam ter o sentimento de que estão negligenciando com sua saúde.

Ainda não falamos dos riscos da mamografia. Calcula-se que a mamografia aumenta em 20% o risco de câncer de mama nas mulheres entre 40-50 anos.

A medicina funcional tem um enfoque completamente diverso do da medicina lesional/oficial. Considera que a fase da lesão, já constitui uma fase avançada do adoecimento, e que, antes disso, houve um longo período de desequilíbrio funcional, que deveria ser diagnosticado e tratado com chances maiores de sucessos. Ou seja, o tempo que orienta o check up estaria bastante defasado.

Na verdade, estudos epidemiológicos não conseguiram ainda provar a eficácia preventiva do check up tal como hoje praticado (uso intensivo de examens complementares). Este modelo de check up é uma demanda do setor produtor de equipamentos médicos, que aproveita o desconhecimento do usuário, a falta de cultura médica, a insegurança institucional (processos por erro, crenças,) para instituir o consenso em torno do diagnóstico precoce. O sistema médico da Inglaterra, por exemplo, tem maior resistência ao check up, e tem outra abordagem da ação preventiva.

Ao centrar a ação preventiva no processo do check up, a medicina oficial tende a ocultar e, consequentemente, manipular questões fundamentais para a verdadeira medicina preventiva, como as são as ligadas ao estilo de vida, resgatando a tradição hipocrática da daiata. Em outros artigos vamos tratar individualmente de vários aspectos envolvidos no que chamamos de estilo de vida, como os hábitos dietéticos, aditismo, etc.. Nesse momento, gostaria apenas de chamar a atenção de que existem outras formas de abordar a prevenção do adoecimento.

As medicinas funcionais, como o nome já diz, valoriza a diagnose das alterações funcionais do organismo, ou seja, da fase pré-lesional. Realiza uma avaliação funcional, utilizando o conjunto de conhecimentos hoje disponíveis para tais diagnósticos: como a análise constitucional, a análise bioeletrônica de terreno, a microscopia de sangue vivo (claro e escuro), a biorressonância, a iridologia, a pesquisa de geopatia, etc., além da anamnese e exame clínico orientados para a diagnose funcional.

Temos que ter a noção de que o processo da vida coexiste com o da morte, que o processo de envelhecimento começa no momento em que nascemos. Durante o nosso ciclo de vida vamos esgotando as nossas reservas. Mas, por outro lado, sabemos do maravilhoso potencial regenerador disponivel em cada organismo, que sempre se manifesta quando oferecemos oportunidade de.

Na verdade, o grande processo de prevenção se dá na ação correta de preservação da saúde, e não na procura da doença, pois quem procura doença não acha saúde.

Faça o que tem que ser feito para preservar a sua saúde como:

1. Alimentação sem produtos processados e industrializados

2. Evitar os refinados (açúcar e farinha de trigo)

3. Evitar as gorduras trans e os transgênicos

4. Fazer atividade física regular

5. Controlar stress

6. Repor deficits nutricionais: cuidado especial com o defict da Vitamina D

7. Controlar peso

8. Evitar a poluição indoor