A maioria absoluta dos habitantes do planeta, não consideram a tese da simbiose, na gênese da vida. Cerca de 70 a 80% são criacionistas, 15 a 20% são Darwinistas ou neo-Darwinistas, e menos de 1% consideram a simbiose. A célula dos organismos multicelulares é chamada de célula eucariótica (possui núcleo com membrana), simbiôntica, pois é fruto da simbiose entre a protocélula e as bactérias. A vida no planeta é uma construção das bactérias. As bactérias são nanomáquinas com altíssimo rendimento energético. Costumam ter rendimento energético milhões de vezes superior ao do Sol. A bactéria dentro da célula (mitocôndria), é quem produz energia. Produzimos o nosso peso em ATP/dia. Isso representa apenas 20% da energia utilizada, cerca de 80% da energia utilizada é captada do ambiente, também pela mitocôndria. 85% do volume da célula do músculo cardíaco é composta por mitocôndrias. O coração é um sistema eletromagnético por excelência, e um enorme captador de energia e informação do ambiente. A pressão sobre a vida no planeta (antibióticos, agrotóxicos, etc) também se faz sobre as mitocôndrias. Não é por acaso, que a alteração do complexo de mitocôndrias, está por trás de quase todos os adoecimentos crônicos atuais (diabetes tipo 2, obesidade, infarto, câncer).
Os pássaros possuem mitocôndrias com rendimento muito superior às dos mamíferos. O beija-flor é a expressão máxima desse rendimento. Os mamíferos sobrevivem mesmo com severo comprometimento das mitocôndrias. Dai, o processo mais arrastado de degeneração nos mamíferos. Os pássaros, ao contrário, não toleram alteração nas mitocôndrias. Morrem logo, não fazem doença crônica. Morrer como um passarinho, é tido como uma boa morte na nossa cultura. Mas, na era da toxidade à mitocôndria, a morte humana é arrastada, se dá no processo de perda contínua da vitalidade/energia, que afeta em média 18 anos de qualidade de vida, antes da morte. Os pássaros são muito mais sensíveis à poluição ambiental. Por isso, o canário era muito usado para monitorar o ambiente das minas profundas. O rendimento energético dos pássaros permite-lhes acessos aos campos de informações mais elevados e sutis. Os índios sabem disso, e aprendem muito com eles.
O "living state" de Gilbert Ling é considerado uma das mais importantes descobertas, em toda história da biologia. O prof Ling descobriu que a matriz da vida, é o complexo formado por macromoléculas carregadas (ATP, carga negativa, eletrons), capazes de fixar camadas do dipolo água, e ions. O complexo macromolécula-energia-água-ions possui alta capacidade de recepcionar e transmitir os vários tipos de energias, sem o aumento da entropia. Ling diz ser: "um sistema adsorvente cardinal. Um sistema em estado energético de baixa entropia, um estado energético fortemente negativo de baixa entropia" (association-induction hypothesis de Ling). Aqui reside o segredo da vida. Esse conhecimento deu origem ao que chamamos biologia da água. O precursor desse campo foi o mais brilhante biólogo do Século XX, Albert Szent Györgyi. É famosa a sua definição de vida: "Vida é água dançando ao som das macromoléculas". Szent Györgyi recebeu o Nobel na década de 70, pela descoberta da Vitamina C, mas pouco se sabe sobre sua contribuição na biologia da água. O prof Ling sequer teve laboratório para trabalhar, no auge da sua produção. É um dos maiores escândalos na pesquisa biológica. Ao invés de receber reconhecimento, foi excluído. A doença mental do ser humano não poupa as ciências.
Os estudos de Ling permitiram o desenvolvimento da ressonância nuclear magnética (RNM), por Damadian, seu ex aluno. Cerca de 90% do nosso volume corporal, com exceção dos ossos e dentes, é dado pelas camadas de água presas às macromoléculas. Ou seja, 90 a 95% do volume de um músculo é água estrutural (água presa nas macromoléculas actina, miosina, etc). A RNM é capaz de rastrear a água presa nas macromoléculas, através da oscilação e liberação de energia do Hidrogênio da água (princípio da ciclotron ressonance). Damadian e o engenheiro Lauterbur receberam a patente da RNM. Com o dinheiro da patente (mais de 2 bilhões de US$), Damadian construiu o "Damadian Center for Research", e o disponibilizou para o prof Ling continuar as suas pesquisas. O destacado fisiologista celular húngaro, prof Kellermayer comentou sobre as descobertas de Ling: "Se a "association-induction hypothesis" de Ling for ensinada às novas gerações, poderemos ter melhores chances de salvar a vida no planeta”. Nada mais lógico, não podemos salvar algo que desconhecemos.